Um estudo feito pelo Instituto Mundial de Investigação do Desenvolvimento Económico da Universidade das Nações Unidas conclui que dois por cento das pessoas mais ricas do mundo têm metade da riqueza mundial enquanto os 50% mais pobres detêm apenas um por cento. Anthony Shorrocks, director do instituto que conduziu a investigação, comparou o quadro a uma situação hipotética em que num grupo de 10 pessoas uma teria 99 euros, enquanto as restantes possuiriam apenas 1 euro.«A riqueza está concentrada na América do Norte, Europa e em países da Ásia-Pacífico (como o Japão, por exemplo). A população destas nações possui colectivamente 90 por cento da riqueza total», acrescenta o documento que foi divulgado ontem na Associação de Imprensa Estrangeira, em Londres.
De acordo com o estudo, em 2000, um casal precisava de um património de 1 milhão de dólares (cerca de 750,6 mil euros) para estar entre o 1% dos mais ricos do mundo, um grupo que reúne 37 milhões de pessoas.
Mais de metade daquelas pessoas reside nos EUA ou no Japão.
O estudo revela ainda que um património líquido de 2.200 dólares (cerca de 1.650 euros) por adulto colocaria uma família na metade superior da distribuição de riqueza.
Este estudo impele-nos a lançar algumas questões filosóficas:
O que é a justiça?
O que é uma sociedade justa?
Como distribuir os bens na sociedade?
Precisa-se (urgentemente) de contributos…