04 junho 2008

O Poder e os Riscos da Ciência - uma questão de equilíbrio

Com o passar dos séculos, o crescente desenvolvimento e evolução científicos levaram-nos à criação de uma cultura científico-tecnológica da qual, o ser humano de hoje, é incapaz de se afastar.
O que seria do homem dos nossos dias se tivesse de viver sem telemóvel, computador, televisão, meios de transporte, etc., ou mais drasticamente, o que seria do homem sem laboratórios, medicamentos…?
Nos nossos dias é quase impossível falarmos em sociedade sem pensarmos em todos estes conceitos, pois, eles estão de tal maneira interiorizados nos nossos hábitos de vida, que criaram uma nova cultura, toda ela dependente da ciência e da tecnologia.
Numa época de grandes descobertas e avanços cientifico-tecnológicos como a dos últimos séculos, desde a obtenção da energia à substituição do ser humano pelos mais especializados equipamentos, desde o desenvolvimento da genética e da biologia, o que nos leva a tornar possível prevenir e curar diversas doenças, à descoberta da fertilização “in vitro”, de medicamentos, entre outras, podemos afirmar, quase sem quaisquer dúvidas, que a ciência nos trouxe melhor qualidade de vida, e que tornou o mundo muito mais próximo. No entanto, é preciso não esquecer que nem tudo são rosas e que as rosas têm espinhos, pois, a ciência também pode destruir. O desenvolvimento científico é responsável por problemas relacionados com o equilíbrio e conservação da natureza (excessivas emissões de poluentes para o ambiente que provocam alterações climáticas…, produção industrial desenfreada…). Por exemplo, Fritz Haber, prémio Nobel em 1918, veio-nos mostrar, que o amoníaco, tanto pode ser utilizado para o fabrico de fertilizantes, como para o fabrico de armas de enorme potencial destrutivo. Certas descobertas, como as utilidades do petróleo, podem não só destruir o planeta, como também destruir o próprio homem, despoletando guerras.
O imenso poder alcançado pelo Homem através da ciência pode, assim, levá-lo ao triunfo ou à sua destruição.
Porém, a ciência está limitada pelos governos dos países, pois se não existirem verbas suficientes para a investigação, esta não poderá ser efectuada. Os governos não são apenas responsáveis pelas verbas, mas também pelo acesso dos seus governados aos avanços científicos. Há alguns séculos atrás, não só os governos eram os responsáveis pelo atraso da evolução científica, mas também a religião tinha um papel importantíssimo neste campo, pois era ela que regia toda a sociedade, e devido a ela, muitos cientistas tinham medo de revelar as suas teses.
Deste modo, na minha opinião, não devemos optar pelas posições extremistas de total renúncia à ciência ou de total aceitação das possibilidades que o progresso científico nos tráz, mas sim, optar por uma posição de equilíbrio, utilizando a racionalidade do ser humano, em escolher apenas o bem para nós e também para o planeta, pois, os saberes científico-tecnológicos são uma condição necessária ao desenvolvimento, mas não suficiente.

Rita Gomes

11ºB


Bibliografia:

· “Um outro olhar sobre o mundo”, vol.2, 11º ano; Edições ASA - 2007; Abrunhosa, Maria Antónia; Leitão, Miguel;
· “Eu e a Química”, 11º ou 12º ano; Porto Editora – 2007; Maciel, Noémia; Gradim, Maria Manuela; Campante, Maria José;
· https:/.../mkn57/WWW/Home%20Pic%202.jpg
· Diciopédia 2005
· http://www.oei.es/revistactsi/numero7/articulo02b.htm

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