Que sentido devo dar à minha vida?
Devo seguir a ética deontológica de Kant ou a ética utilitarista de Stuart Mill?
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7 comentários:
Eu sou a favor da ética Kantiana, que diz que devemos agir segundo o nosso dever, segundo a lei moral. Mas, em alguns casos, concordo que se tenha de violar certos valores, estando às vezes de acordo com a ética utilitarista. Na minha vida, sigo a ética Kantiana (normalmente), e pertendo continuá-la a seguir, mas por vezes violo-la, também porque acho que é meu dever. Por exemplo, se um amigo me pedisse para dizer à sua mãe que este chegava mais tarde a casa porque tinha ficado na escola a fazer um trabalho de grupo, e ele na realidade tivesse antes ido comprar um presente para os seus pais que faziam anos de casados, eu era capaz de mentir, pois sabia que essa mentira não ia prejudicar ninguém e para mim, acabava de ser meu dever ajudar à felicidade tanto dos pais deste amigo, como ao próprio amigo, através de uma mentira que segundo a ética kantiana, não se devia fazer. Eu de facto sou a favor da ética deontológica, mas com algumas restrições como aquela que acabei de referir.Acho que desta forma, posso ser uma boa ser humana,e penso que se toda a gente tentasse seguir a ética de Kant não haveria tantos males, como roubar, matar ou até mesmo violar e esfaquear, e daria-se muito mais valor aos verdadeiros valores morais.
Eu sou a favor da ética Kantiana, que diz que devemos agir segundo o nosso dever, segundo a lei moral. Mas, em alguns casos, concordo que se tenha de violar certos valores, estando às vezes de acordo com a ética utilitarista. Na minha vida, sigo a ética Kantiana (normalmente), e pretendo continuar a seguir, mas por vezes violo-a, também porque acho que é meu dever. Por exemplo, se um amigo me pedisse para dizer à sua mãe que este chegava mais tarde a casa porque tinha ficado na escola a fazer um trabalho de grupo, e ele na realidade tivesse antes ido comprar um presente para os seus pais que faziam anos de casados, eu era capaz de mentir, pois sabia que essa mentira não ia prejudicar ninguém e para mim, acabava de ser meu dever ajudar à felicidade tanto dos pais deste amigo, como ao próprio amigo, através de uma mentira que segundo a ética kantiana, não se devia fazer. Eu de facto sou a favor da ética deontológica, mas com algumas restrições como aquela que acabei de referir.Acho que desta forma, posso ser um bom ser humano e penso que se toda a gente tentasse seguir a ética de Kant não haveria tantos males, como roubar, matar ou até mesmo violar e esfaquear, e dar-se-ia muito mais valor aos verdadeiros valores morais.
Para termos uma vida melhor optaríamos por seguir certos princípios de um e de outra teoria, pois consideramos que nenhuma é completamente viável.
Relativamente ao utilitarismo, consideramos que é importante seguir o princípio da maximização do bem, mas não levando este princípio a níveis extremos, ou seja, em certos casos como matar uma pessoa este princípio não deveria ser seguido. E ainda exige de nós um altruísta extremo, já que teríamos de abdicar de compromissos ou projectos que dão sentido à nossa vida, por exemplo, o João está no curso de arquitectura e colecciona carros antigos, aceitando “à risca” este teoria o João teria de abdicar do seu curso e de gastar dinheiro em carros antigos, pois isso não contribuiria para o bem, a felicidade geral, segundo o utilitarismo o João teria de fazer qualquer coisa que maximizasse mais o bem, como fazer voluntariado, por exemplo.
Quanto à teoria deontológica de Kant, o que nos levaria a seguir esta teoria é o facto de, segundo ela, termos de agir tratando as outras pessoas como seres autónomos e racionais como fins e não como meios. Desta forma, o respeito e a confiança seriam promovidos. Outro dos aspectos que nos levaria a seguir esta teoria é o facto de só devermos agir segundo máximas que possamos querer universalizar. Desta maneira, actos como roubar não seriam tão praticados, pois só roubaríamos se não nos importássemos de sermos roubados também.
O que reprovamos nesta teoria é o facto de, em certas circunstâncias, violar determinados deveres seria correcto. Por exemplo, se para salvar a vida de uma ou mais pessoas tivéssemos de mentir, então seria correcto violarmos o princípio de não mentir, pois desta forma salvaríamos a vida dessas pessoas. Se seguíssemos “à risca” esta teoria, não o poderíamos fazer.
Em suma é por estas razões que não optaríamos totalmente pelas duas teorias, utilizaríamos alguns princípios de cada teoria, de forma a conseguirmos dar melhor sentido à nossa vida.
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Diogo Carvalho, 10ºC
Eduardo Direito, 10ºC
Rodrigo Correia, 10ºC
Eu, tal como a Adriana, defendo a ética deontológica, mas não a de Kant. Estou mais de acordo com a ética deontológica de David Ross, que acredita que algumas acções não permitidas segundo a deontologia de Kant, podem, excepcionalmente, ser permissíveis.
Por exemplo, para Kant, os animais irracionais não possuem direitos, pois não são autónomos e racionais. Porém, na minha opinião, os animais têm direitos, que devem ser respeitados, salvo raras excepções (por exemplo, escolher entre a morte de um animal e a morte de um ser humano saudável. Na minha opinião devemos escolher a vida do ser humano). Eu defendo a existência de mais algumas excepções à ética Kantiana (o exemplo da Adriana é uma dessas excepções), no entanto, na sua maioria, a ética kantiana, a meu ver, é aquela que permite a um ser humano ser bom.
Ao longo da minha vida, vou tentar seguir a ética deontológica de David Ross, apesar de saber que o ser humano tem quase sempre a tendência de não agir pelo dever, mas sim conforme o dever. Eu tento agir pelo dever, tentando ser boa pessoa, e este é o sentido que pretendo dar à minha vida.
Eu não concordo em grande parte com a ética utilitarista, pois esta torna permissíveis actos que podem afectar a nossa integridade física, e não só. Por exemplo, segundo esta ética, pode ser permissível matar um ser humano, roubar, torturar, e muitos outros actos que deveriam ser sempre impermissíveis. Desta forma, não podemos considerar que um ser humano que siga esta ética seja um bom ser humano.
Daniela Cerqueira, 10ºC
Eu, de um certo modo, concordo com as minhas colegas, concordo com a ética deontológica, mas por vezes também concordo com a ética utilitarista.
Concordo com Kant, porque devemos ter o máximo de respeito pelos outros, e impor-nos limites, a nós próprios. Devemos agir por dever, e não porque achamos que está correcto. Devemos respeitar a lei moral com fim em si mesmo, e não para atingir os outros. Devemos ter máximas que nos levem a ser correctos, a agir por dever, por puro respeito.
Mas pelo contrário, por vezes para atingirmos os nossos objectivos temos que “passar por cima” de algumas pessoas, e não seguir os nossos deveres. O utilitarismo não é correcto, mas todos nós o praticamos, com ou sem a intenção de o fazer. Quando por exemplo temos que escolher entre estudar para tirarmos boa nota, ou ajudar um colega a estudar que tem dificuldade, escolhemos estudar para nós próprios tirarmos boa nota. Neste caso não seguimos concretamente a ética deontológica. Estudar é um dever e ajudar os outros também, mas o nosso bom senso diz-nos que ajudar os outros é muito melhor do que só pensar em nós.
Por vezes quando temos um objectivo fazemos de tudo para o atingir, não ligando aos outros, nem aos nossos deveres.
Depois de analisar as duas teorias creio que a teoria mais correcta na minha opinião é a ética deontológica, pois leva-nos a viver em plena “paz” com os outros e com nós mesmos, mas claro com algumas restrições. Com certeza que não conseguiríamos ser perfeitos. Ninguém consegue. E como a ética deontológica tem restrições, porque não usa-las para nos defender de algum acto “errado” que a gente a possa vir a cometer?
Vera Vilares, 10ºC, nº7527.
Na minha opinião, devemos seguir a ética deontológica de Kant pois é aquela que acho que nos permite ser uma boa pessoa. Se seguirmos esta ética, somos sempre justos e correctos. Esta ética exige de nós uma racionalidade e imparcialidade elevadíssimas, as quais não sei se estou preparada para implementar no meu dia-a-dia, mas, mesmo assim é aquela que vou tentar seguir.
Por outro lado, não concordo muito com a teoria utilitarista de Stuart Mill, pois esta exige que sejamos extremamente altruístas, e coloca em jogo a nossa própria integridade física, sendo que nos “obriga” a fazer tudo para maximizar o bem, ou seja, para promover a felicidade geral, e não só a nossa própria felicidade.
Na minha opinião, para ser um bom ser humano devo seguir a ética deontológica. Mas em vez da ética Kantiana, penso que se deve seguir a ética deontológica de David Ross. Os deontologistas como David Ross acreditam em restrições que dão origem, não a deveres absolutos como na ética kantiana, mas a deveres à prima facie, ou seja em certas circunstancias as restrições podem ceder se o bem a realizar for suficientemente significativo, a restrição poderá ceder, ou seja, poderá ser permissível violá-la. Assim em casos como, por exemplo, mentir para proteger um inocente de ser assassinado pode tornar-se permissível, apesar da ética kantiana defender que se deve dizer sempre a verdade. O problema desta ética pode ser a determinação do bem ser suficientemente significativo ou qual o dever prima facie mais forte numa dada ocasião. Em relação à ética utilitarista, não penso que seja a ética mais correcta para ser um bom ser humano. Um utilitarista defende que o valor de uma acção depende do “princípio da utilidade” ou princípio da maior felicidade, ou seja, diz-nos que um acto é errado ou certo dependendo da promoção do bem, da felicidade geral. O utilitarista avalia as acções atendendo somente às suas consequências, determinando-se estas pela ponderação dos prejuízos e benefícios que a sua realização trará a todos os indivíduos. Assim, segundo esta perspectiva um acto é permissível se e apenas se maximizar imparcialmente o bem. Mas existem actos que maximizam o bem mas são eticamente errados, por exemplo, por falta de órgãos não é permitido matar uma pessoa para salvar a vida de 5 doentes, segundo um utilitarista, além do acto ser errado, é um acto permissível pois contribui para o bem-estar geral, o que eu discordo. Além disso, o utilitarismo leva-nos a realizar grandes sacrifícios e priva-nos da nossa liberdade moral. Logo, penso que a ética deontológica de David Ross é a ética a seguir para ser um bom ser humano.
Catarina Dias
10ºC
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