Vejamos o seguinte juízo moral:
“O extermínio de judeus pelos nazis foi correto.”
Segundo os subjetivistas este juízo será verdadeiro se o sujeito expressar o que, de facto, pensa; e será falso se disser o contrário daquilo que pensa. Mas afirmar que “o extermínio dos judeus é correto” é diferente de afirmar que “o extermínio dos judeus é incorreto”. O 1º e o 2º juízo revelam realmente que há desacordo de dois sujeitos quanto ao extermínio de judeus e, por isso, um será verdadeiro e outro falso. Mas para o subjetivista revelam apenas que os dois sujeitos têm sentimentos diferentes relativamente ao facto moral “extermínio de judeus” e ambos são verdadeiros. Ora, há aqui uma contradição real: o extermínio de judeus não pode ser simultaneamente correto e incorreto. Por outro lado, sendo os dois juízos verdadeiros não faz sentido debater o tema, seria um ato inútil, considerando que não há uma verdade independente de cada sujeito. Inviabilizando o debate racional, o subjetivismo torna absurdo qualquer esforço racional para encontrar os melhores princípios éticos e respetiva justificação.
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