O filme "A Origem" ("Inception") mostra-nos o poder da consciência, das ideias que criamos na nossa mente e o sonho como o outro lado da realidade. Don Cobb (Leonardo Di Caprio) é especialista em invadir a mente das pessoas e, com isso, rouba segredos do subconsciente, especialmente durante o sono, quando a mente está mais vulnerável. Cobb, acusado de assassinar a mulher, tem a chance de recuperar os filhos em troca de um último trabalho: fazer a inserção, plantar a origem de uma ideia na mente de um rival de um seu cliente.
Terá Descartes inspirado Christopher Nolan para a escrita do argumento e realização deste filme?
12 comentários:
Sim penso que sim, penso que Cristopher Nolan terá se baseado maioritariamente no segundo nível de aplicação da dúvida de Descartes, que diz que há razão para acreditar que o mundo físico é uma ilusão, esta ideia que o mundo físico é uma ilusão foi nos dada no filme quando Cobb introduz essa ideia na mulher, que o mundo físico é falso e a verdadeira realidade está no sonho, penso que isto tem uma profunda relação com as ideias de Descartes pois quando ele se refere ao segundo nível de aplicação da dúvida, ele inventa um argumento que se baseia na impossibilidade de encontrar um critério absolutamente convicente que nos permita distinguir o sonho da realidade, que há acontecimentos vividos durante o sonho, que são vividos com tanta intensidade como quando estamos acordados, e ao longo do filme por vezes ficamos em dúvida se o que estamos a ver se trata da realidade ou de um sonho.
Pedro Pereira 11ºB
O filme “Origem” retrata a possibilidade de controlar os nossos sonhos, e de se puder confundir a realidade com o sonho. Neste filme, o sonho e a realidade aparecem alternados e é preciso estar muito atento para se perceber em qual dos “mundos” está a decorrer a acção. Até mesmo a personagem principal, interpretada por Leonardo DiCaprio, que supostamente era o que melhor compreendia o “funcionamento” do mundo irreal, vai acabar por se perder no limbo (fica preso ao sonho).
Ora, Descartes, no segundo nível de aplicação da dúvida, duvidou da existência de um mundo físico, argumentando que não existe um critério claro e distinto capaz de distinguir o sonho da realidade, sendo que o mundo físico pode não passar de um sonho. Os sonhos pareciam ser tão reais que, não saberíamos se, tal como é representado no filme “Origem”, os sonhos que tínhamos não seriam mais que um sonho dentro de outro.
Descartes foi ainda mais longe na sua aplicação da dúvida, duvidando, no terceiro nível da sua aplicação, que o Deus que supostamente nos criou e criou o nosso entendimento era um Deus enganador, sendo este mais um motivo para se acreditar que o mundo físico poderia realmente ser um sonho e que era esse Deus enganador que nos fazia acreditar que era realidade (tal como acontece no filme, onde algumas personagens pensavam estar a viver a acção, apesar de estarem a dormir).
Contudo, depois de descobrir o Cogito (Penso, logo existo), o primeiro princípio indubitável, claro e distinto, Descartes descobriu outras verdades igualmente indubitáveis, nomeadamente a existência de um Deus Bom, Perfeito (não engana). Esse Deus existia porque era necessário existir um Deus perfeito capaz de nos criar (nós não somos perfeitos porque duvidamos), sendo que nessa definição de perfeição está obrigatoriamente implícito o carácter não enganador de Deus (um ser enganador não é perfeito). Esse Deus Bom, além de ser a garantia da verdade das evidências do presente e do passado, é também a base para se puder acreditar que o mundo físico existe, pelo que Descartes acaba por acreditar na existência do mundo físico (a existência de um mundo físico não é um conhecimento, uma verdade racional, mas a existência de um Deus Bom, que não engana, leva-nos a acreditar que o mundo físico existe realmente).
O filme foi bastante interessante,um misto de acção e suspense.
No filme, podemos ainda ver algumas caracteristicas da teoria de Descartes. Por exemplo, a existência de um ser perfeito, pois só este pôde ser a origem de perfeição, já que todo o ser pensante que duvida é imperfeito. Quando as personagens são levadas ao mundo dos sonhos criam situações que gostariam que acontecessem, ou seja, que para as personagens constituem situações perfeitas, para que esta ideia de perfeição existesse nas suas mentes é necessário a existência de um ser perfeito,não enganador, que garantisse essa ideia de perfeição.
Outras das ideias é a existência de um Deus enganador. Em que no seu entendimento, muitas vezes as personagens, confundiam o verdadeiro ocm o falso.
Um exemplo é o facto, de Cobb confundir o verdadeiro com o falso quando pensava que podia continuar a manter a mulher viva.
Na minha opinião a resposta é sim. É sim porque a "incerção" funciona como a colocação de uma ideia na mente da pessoa, e comparando à tese de Descartes trata-se de um Deus, que neste caso é um Deus enganador, uma vez que a ideia colocada é mentira fazendo pensar a vitima da incerção que a ideia que foi colocado é verdade, o que é falso.
Sim, na minha opinião Descartes inspirou Christopher Nolan na escrita do argumento e realização deste filme, pois segundo Descartes diz que o mundo não é um sonho, por isso existe, e o realizador deste filme pertende passar a mensagem de que realmente podemos criar a nossa realidade apartir de um sonho, podemos modificar o presente com um sonho, podemos entrar no profundo de um sohnho e implantar uma ideia.
Renata Ferreira 11ºB
Podemos dizer que segundo Descartes a prova da existência do mundo não é tão "clara e distinta" como a das ideias inatas.No entanto, porque temos na nossa consciência representações (ideias) corpóreas, sensações e emoções é de acreditar vivamente na existência efectiva do corpo unido a uma alma; estas ideias são garantidas por Deus, é este que nos garante que um mundo não é um sonho e por isso existe.
Com a visualização deste filme, muito bom na minha opinião, ficou clara a ideia da dificuldade da distinção de um sonho da realidade; contudo a distinção deste dois mundos passava não por uma garantia dada por Deus, mas pela ocorrência de fenómenos (físicos, temporais...) impossíveis no "mundo real". E ainda o filme "mostra-nos" que podemos ter ideias induzidas e por isso "não verdadeiras" que podemos traduzir ao nível da teoria de Descartes como ideias falsas, induzidas por um Deus enganador.
Podemos dizer que segundo Descartes a prova da existência do mundo não é tão "clara e distinta" como a das ideias inatas.No entanto, porque temos na nossa consciência representações (ideias) corpóreas, sensações e emoções é de acreditar vivamente na existência efectiva do corpo unido a uma alma; estas ideias são garantidas por Deus, é este que nos garante que um mundo não é um sonho e por isso existe.
Com a visualização deste filme, muito bom na minha opinião, ficou clara a ideia da dificuldade da distinção de um sonho da realidade; contudo a distinção deste dois mundos passava não por uma garantia dada por Deus, mas pela ocorrência de fenómenos (físicos, temporais...). Verificamos ainda que no filme é possível a indução de uma ideia, "ideia falsa", que pode ser traduzida ao nível da teoria de Descartes como uma ideia errada, induzida por um Deus falso.
Podemos dizer que segundo Descartes a prova da existência do mundo não é tão "clara e distinta" como a das ideias inatas.No entanto, porque temos na nossa consciência representações (ideias) corpóreas, sensações e emoções é de acreditar vivamente na existência efectiva do corpo unido a uma alma; estas ideias são garantidas por Deus, é este que nos garante que um mundo não é um sonho e por isso existe.
Com a visualização deste filme, muito bom na minha opinião, ficou clara a ideia da dificuldade da distinção de um sonho da realidade; contudo a distinção deste dois mundos passava não por uma garantia dada por Deus, mas pela ocorrência de fenómenos (físicos, temporais...) impossíveis no mundo real. Verificamos ainda que no filme é possível a indução de uma ideia, "ideia falsa", que pode ser traduzida ao nível da teoria de Descartes como uma ideia errada, induzida por um Deus falso.
Sim, pois ao longo do filme é muito evidente a duvida se os actores estão a dormir ou acordados. Deparamos tambem que para uma ideia ser implanta na mente de uma pesso não basta só dizer, essa pessoa tem que viver a experiência, como podemos verificar no filme em que para implantar uma ideia na cabeça do actor tiveram que fazer com que este acreditasse nela vivendo a experiência.Podemos verificar também que está presente o 2º nível de aplicação da duvida em que nos é dito que há acontecimentos vividos durante o sonho são vividos com tanta intensidade como quando estamos acordados, o que também podemos verificar ao longo do filme, em que na maior parte dos casos as vitimas não sabem se estão a sonhar ou acordadas. Fora disso, foi um bom filme e acha também uma boa maneira de cativar os alunos ao mesmo tempo em que se lecciona a matéria, pois torna-se mais interessante e menos aborrecido. Cumps
Foi um filme bastante agradável, de onde retiramos algumas impressões relativamente à teoria proposta por Descartes.
Descartes considera que há razão para acreditar que a realidade física é uma ilusão, ou seja, por vezes, durante os sonhos há acontecimentos que são vividos com tanta intensidade como quando estamos acordados. Logo, não podendo diferenciar a realidade física dos sonhos, podemos suspeitar que quando achamos que estamos numa realidade esta pode não passar de um sonho, com aquilo que pensamos que é real, mas que não passam de coisas imaginárias.
No filme, foi abordado esta perspectiva de Descartes, e mesmo durante este, fomos colocando dúvidas sobre quando as personagens estariam na realidade física ou no sonho. Aliás, cada vez era mais difícil de, no filme, distinguirmos a realidade do sonho.
Sobre a a personagem principal, Dom Cobb ( Leonardo DiCaprio) vamos descobrindo ao longo do filme sobre os seus problemas que, por vezes, o levam a duvidar sobre quando está na realidade física ou, por outro lado, se encontra no sonho enfrentando muitas lembraças do passado, principalmente, relaccionadas com a sua falecida mulher, Mal Cobb (Marion Cotillard).
Concluindo, acho que foi um filme muito bom, que alargou os nossos horizontes, de onde tiramos algumas ideias interessantes.
Sílvia Miranda 11ºB
Provavelmente... No filme encontramos dois espaços: o real e o sonho. Descartes no seu segundo nível de aplicação da dúvida diz que há razão para acreditar que o mundo físico é uma ilusão.
Descartes chegou a esta ideia através dos sonhos porque muitas vezes a sonhar experimentamos acontecimentos tão intensos como os reais. Devido a esta comparação, pode-se duvidar que as realidades físicas sejam um "sonho na minha mente". O que provavelmente se passou com Descartes passou-se uma maneira muito mais intensa, e fictícia claro, com a personagem Mal. As experiências no sonho foram tão intensas que ela ao regressar não conseguia distinguir a realidade e o sonho.
Achei o filme muito bom, interessante e depois de estudar Descartes percebi que a sua filosofia tem muito em comum com o filme "Inception", e é muito provável que Christopher Nolan se tenha inspirado na filosofia cartesiana para o filme.
José Pinto 11ºA
No filme "a origem" algumas das ideias defendidas por Descartes estão bem presentes por isso, poderiamos dizer que Descartes inspirou Christopher Nolan na realização deste filme.
Como sabemos Descartes queria reformolar o saber da sua época, fundamentando-o, e para tal utilizou a dúvida para chegar ao suporte do saber - cógito.
O segundo nivel de aplicação da dúvida (mundo físico) da teoria de Descartes é bem representado no filme pois, Cobb e sua equipa invadiam os sonhos das suas "vitimas" para obterem as informações que queriam. Isto era possivel pois o sonho e a realidade eram facilmente confundidos.
Também o terceiro nivel de aplicação da dúvida (conhecimento matematico)é implicitamente retratado quado o grupo tenta implantar uma ideia na mente de outra pessoa. Em relação ao que Descartes dizia neste nivel de aplicação da dúvida podemos comparar o Deus enganador, que Descartes falava, com a equipa de Cobb pois, a ideia implantada fez com que o sujeito toma-se como verdadeiro o que era falso.
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