09 junho 2012

Seremos bestas?

Uma célebre frase do Filósofo grego Aristóteles diz que “o homem é por natureza um animal político”. Pretendia este pensador salientar que faz parte da natureza humana viver e participar num estado e numa sociedade política. Pretendia também Aristóteles chamar atenção para a inevitalidade da ligação e integração do ser humano no Estado chegando a afirmar que nenhum homem se consegue colocar à margem do sistema social/político. Quem vivesse à margem do estado e do sistema social/político ou seria um Deus ou uma besta. Como explicar então que, sendo vítimas de um sistema social/político onde a ética, a justiça, a equidade, a solidariedade, a transparência, a verdade e o respeito são pura ficção, continuemos alheados da participação cívica e política? Como explicar a nossa inércia cívica, estando conscientes que essa atitude tem permitido que dezenas de responsáveis políticos/económicos/institucionais e seus correligionários continuem a levar o país para o abismo? Como explicar o nosso alheamento face à participação no sistema político e, sobretudo, face aos partidos que são o pilar (infelizmente frágil) da nossa democracia? Ora, aceitando que Aristóteles tem alguma razão, aceitando que não somos deuses, pergunto:  seremos bestas? 

Programação das AULAS DE FILOSOFIA - RTP Madeira com o Prof. Rolando Almeida

Podes aceder às aulas de Filosofia da RTP Madeira, lecionadas pelo Prof. Rolando Almeida (na foto), acedendo aos links abaixo.  TELENSINO (R...