04 dezembro 2010
Deus existe, ou é uma invenção da mente humana?
Alfredo Dinis e João Paiva são autores do livro "Educação, Ciência e Religião", uma obra interessante sobre o problema central deste debate, que podes adquirir por cerca de 12 euros (Editora Gradiva) para melhor te preparares para este debate.
16 novembro 2010
Argumento por analogia
O argumento por analogia atribui uma propriedade (E) a um acontecimento/ser ou objecto (X) por tal propriedade se ter verificado em algum ser/objecto(s) ou acontecimento(s) semelhante(s) conhecido (Y).
Tem a seguinte estrutura:
X é semelhante a Y nos aspectos A,B,C, D…
Y tem o aspecto E
Então X é semelhante a Y no aspecto E
Vejamos o seguinte exemplo:
(X) Este cão é semelhante ao cão da Ana (Y) em raça (A), porte (B), postura (C) e olhar nervoso (D).
O cão da Ana morde sem razão aparente (E).
Logo, este cão (X) (a exemplo do cão da Ana-Y) morde sem razão aparente (E).
Adaptado de Filosofia, Luís Rodrigues, Plátano Editora
15 novembro 2010
Exercícios - Argumentação
A Arte de Argumentar, de Anthony Weston
01 novembro 2010
Desafio lógico!
19 outubro 2010
Quem foi Sócrates?
“Só sei que nada sei”, esta frase emblemática atribuída a este pensador, condensa a postura crítica deste filósofo face às “verdades” fáceis, às opiniões correntes, às convicções em voga. Sócrates considerava que quem julga que possui a sabedoria não pode sentir o desejo de saber, que só surgirá naqueles cuja convicção é a de que nada sabem. Por outro lado, ao afirmar “Conhece‐te a ti mesmo” revela a necessidade natural que o homem tem de examinar, questionar e confrontado com a dúvida submetê‐la a exame crítico.
Fontes
Logos, Enciplopédia Luso-Brasileira de Filosofia
Dicionário Escolar de Filosofia, Organização de Aires Almeida, Plátano Editora
Filosofia, Luís Rodrigues, Plátano Editora
Colecção Grande Pensadores, edição do Jornal Público
Wikipédia, a Enciclopédia Livre
18 outubro 2010
Uma questão de lógica!
Investigar é construir teorias próprias e verificá-las. É assim que a ciência avança. No entanto, o que o ser humano inventa não é criado por indivíduos isolados. O ser humano é um ser social, ou seja, realiza-se em contacto e em interacção com os outros, em sociedade. Nessa interacção, o ser humano necessita de comunicar, de partilhar com os outros as suas ideias, assim como mostrar as razões que o levam a defendê-las. Mas, ao contrário do que muitas vezes acontece, ele não pode, ou não deve, apresentar razões de qualquer maneira: é preciso que essas razões façam sentido e que sejam correctas.
Quanto mais rigoroso for o seu pensamento, melhor apresentará as suas razões, os seus argumentos, para defender um ponto de vista, sobre o que quer que seja: pedir um aumento da mesada aos pais, mostrar aos amigos qual julgamos ser o melhor partido político, mostrar à professora a necessidade de mudar a data do teste, etc.
É precisamente aqui que entra a lógica. Ela ajuda-nos a pensar melhor, de forma correcta, e a expor de forma rigorosa o nosso pensamento. Se soubermos um pouco de lógica conseguimos mostrar de maneira mais eficaz o nosso ponto de vista ou opinião sobre algo, somos capazes de perceber se as opiniões dos outros são ou não bem fundamentadas, conseguimos argumentar melhor.
12 outubro 2010
Quem foi Aristóteles?
Fontes
Logos, Enciplopédia Luso-Brasileira de Filosofia
Dicionário Escolar de Filosofia, Organização de Aires Almeida, Plátano Editora
Filosofia, Luís Rodrigues, Plátano Editora
Colecção Grande Pensadores, edição do Jornal Público
Wikipédia, a Enciclopédia Livre
28 setembro 2010
Validade dos argumentos
05 setembro 2010
02 setembro 2010
Hawking exclui Deus da criação do Universo
O Times publica esta quinta-feira alguns trechos da nova obra de Hawkings, onde este defender que "a criação espontânea é a razão por que algo existe". Esta teoria contesta assim a convicção de Isaac Newton de que o Universo não poderia ter surgido a partir do caos sem intervenção divina.
"Por haver uma lei como a da gravidade, o Universo pode e irá criar-se a ele próprio do nada. A criação espontânea é a razão pela qual algo existe ao invés de não existir nada, é a razão pela qual o universo existe, pela qual nós existimos", escreve o célebre cientista.
"Não é necessário evocar Deus para iluminar as coisas e criar o universo", acrescenta.
in Revista Visão
P.S. Este é um tema que vamos debater neste ano lectivo, na nossa escola. Fica atento(a).
18 junho 2010
Morreu hoje José Saramago: "Acho que nos falta Filosofia"
26 maio 2010
"Na arte o que importa é fazer passar uma ideia"
Quando concebe ou realiza uma obra, fá-lo a pensar em quê ou em quem? No público em geral, num público especializado, em si próprio?
Penso só no público especializado, que poderá aceitar melhor ou pior a investigação plástica por mim desenvolvida nas peças apresentadas.
Isso significa que se submete ao que pensa ser a opinião dos seus pares?
Significa que só se pode trabalhar para um público conhecedor. Eu não posso pensar que vou fazer uma exposição para um público que desconheça a arte contemporânea e as suas implicações sociais. Para nos entendermos com alguém, temos de falar uma língua comum.
Não concorda, então, com os que encaram a arte como uma espécie de linguagem universal?
Bom, a arte pode ser entendida por qualquer pessoa de qualquer parte do mundo, desde que haja uma compatibilidade cultural com o universo em que se insere o objecto observado.
Acha que a arte, nomeadamente a sua, é ou deve ser enquadrada por algum conceito de beleza?
Não. Ela pode ser atraente, mas pode também ser visualmente desagradável. Aquilo que mais importa é fazer passar um conceito, uma ideia, através de formas que possam ser adequadamente interpretadas.
Procura exprimir algum tipo de emoção através das suas obras?
As obras são sempre feitas de emoção e razão. Por exemplo, as obras de Mondrian são estruturalmente racionais, mas quando observadas ao pormenor vemos películas e velaturas de carácter emotivo. Não existem linhas rectas nos quadros de Mondrian, ao contrário do que muita gente pensa. São linhas com muitas rebarbas, imprecisões e hesitações. No meu trabalho não posso quantificar o grau de emoção e de razão, na medida em que estes dois aspectos são variáveis em intensidade. Nuns casos deixo que a razão se sobreponha ao aspecto emocional; noutros acontece o contrário.
O que acha que as pessoas podem encontrar nas suas obras? Há alguma intencionalidade nelas?
Há intencionalidade nelas. Para haver comunicação, a arte tem que dizer algo. A comunicação pode ser meramente visual, formal, conceptual, etc., mas é sempre comunicação. Compreender o que diz é compreender a obra de arte.
A arte serve para alguma coisa?
Serve para muitas coisas. Serve para expressar ideias, desenvolver conhecimentos, mudar os outros. Mas também é uma mercadoria que pode servir apenas como investimento, como paixão ou como divertimento. Até como forma de poder.
Mas acha que deveria mesmo servir para isso tudo?
Sim. Salvador Dali dizia que uma obra de arte é útil para taparmos uma fissura de uma parede da casa. Por que não?
Acha que a apreciação das obras de arte é apenas uma questão de gostos pessoais?
É uma questão de gostos pessoais mas, sobretudo, de gostos institucionais. Estabelecendo uma analogia com o caso da moda, também aí os gostos pessoais se baseiam em critérios que o chamado mundo da moda estabelece. No caso da arte é o mundo da arte.
Acha que qualquer coisa pode ser arte?
Acho que sim, desde que, embebida de um sentido artístico.
E como sabemos que está embebida de um sentido artístico?
É porque é concebida ou feita com esse fim, no contexto adequado.
Este é apenas um excerto da entrevista realizada por Aires Almeida retirada daqui.
18 maio 2010
Segundo Rawls, o salário de António Mexia é justo?
-António Mexia conseguiu este lugar que lhe permite auferir tão alto rendimento, em igualdade de circunstâncias com outros portugueses com as mesmas capacidades, habilitações e competências? Ou seja, foi cumprido o princípio da oportunidade justa e houve as mesmas oportunidades de acesso a esta função /posição social? (considerando que podemos equiparar a função de Mexia na EDP a um cargo público - o Estado é o maior accionista da EDP.
- Esta diferença abismal de rendimentos responde ao princípio da diferença?
- Ou seja, António Mexia tem este elevado salário porque nas suas funções (produtividade gerada e benefício económico e social para o país) contribui para o benefício de todos os portugueses, especialmente os mais desfavorecidos (e isso só será possível com este elevado rendimento)?
Se a resposta às questões anteriores for afirmativa então Rawls consideraria o salário de António Mexia justo.
13 abril 2010
O que legitima a autoridade do Estado? II
Uma sociedade pode não ter posição sobre o problema do livre-arbítrio ou do sentido da vida; mas em todas as sociedades alguém detém o poder político, e a riqueza está distribuída de uma maneira ou de outra. Claro que podemos pensar que a influência de um indivíduo, em matéria de decisão política, é mínima. Todavia, essa é uma matéria sobre a qual todos temos algo a dizer, seja através do voto, seja participando no debate público. Em política, não ter ideias é concordar com o que está, seja o que for
Nós nascemos num mundo onde um conjunto de instituições distribuem e administram o poder político; vivemos num mundo onde há governos, parlamentos, polícia, tribunais, etc. A nossa experiência de vida em sociedade diz-nos que há um Estado; que algumas pessoas governam e outras são governadas; e que, em virtude disso, algumas pessoas têm o direito de tomar decisões e de obrigar as outras a agir de determinadas maneiras, na falta do que serão castigadas. Mas terá de ser assim? Não haverá alternativa ao Estado?
Um ponto de partida para pensar sobre o Estado é perguntarmo-nos como seria a vida sem ele. Claro que não temos processo de abolir o Estado só para fazermos essa experiência; mas podemos recorrer àquilo a que chamamos uma «experiência mental». Imaginemos uma situação em que o Estado não existe, e ninguém detém o poder político. Os filósofos chamam-lhe o «estado de natureza». Como seria viver num estado de natureza?
Aristóteles, na Antiguidade, acreditava que não podemos viver sem Estado. Para ele, o homem é, por natureza, um «animal político»; precisamos naturalmente dos outros para viver; só se fôssemos deuses ou animais é que poderíamos viver sem Estado; o Estado é, pois, natural para nós. Não podemos abolir o Estado sem abolirmos a nossa condição de seres humanos.
Do ponto de vista de Aristóteles, o importante não é, pois, saber se podemos viver ou não sem Estado, mas sim qual é o melhor Estado em que podemos viver.
Criticamente,
Artur Apolónio,
Faustino Vaz e
Pedro Madeira, Porto Editora
O que legitima a autoridade do Estado?
O Estado, ou sociedade política, é mesmo o primeiro objecto que a natureza se propôs. O todo é, necessariamente, anterior à parte. As sociedades domésticas e os indivíduos mais não são do que as partes integrantes e os indivíduos da Cidade, totalmente subordinados ao corpo na sua totalidade, perfeitamente distintas pelas suas capacidades e (…) funções, e completamente inúteis se separados, semelhantes às mãos e aos pés que, uma vez separados do corpo, só conservam o nome e a aparência, sem qualquer realidade, como acontece a uma mão de pedra. O mesmo se passa com os membros de uma Cidade; nenhum se pode bastar a si próprio. Quem quer que seja que não tenha necessidade dos outros homens ou é um deus ou um animal. Desta forma, a própria inclinação natural conduz todos os homens a este género de sociedade.
O primeiro que a instituiu trouxe-lhes o maior de todos os bens. Mas, assim como o homem civilizado é o melhor de todos os animais, também aquele que não conhece nem leis nem justiça é o pior de todos.
Aristóteles, Política, 1253 a)
22 março 2010
Aí está o tema para o debate final!
Que sentido devo dar à minha vida?
Devo seguir a ética deontológica de Kant ou a ética utilitarista de Stuart Mill?
14 março 2010
07 março 2010
Livros que mudaram o mundo!
Mais informações aqui.
03 março 2010
Utilitarismo
J. S. Mill, Utilitarismo, Utilitarismo, p. 64
21 fevereiro 2010
O que é a moral?
Querias roubar aquele disco ou aquela peça de roupa numa loja... Mas há um vigilante que te observa, ou um sistema de vigilância electrónica, ou tens simplesmente medo de ser apanhado, de ser punido, de ser condenado... Não é honestidade; é calculismo. Não é moral; é precaução. O medo da autoridade é o contrário da virtude, ou é apenas a virtude da prudência.
Imagina, pelo contrário, que tens esse anel de que fala Platão, o famoso anel de Giges que te torna invisível quando queres... É um anel mágico que um pastor encontrou por acaso. Basta rodar o anel e voltar o engaste para o lado da palma da mão para a pessoa se tornar totalmente invisível, e rodá-lo para o outro lado para voltar a ficar visível. Giges, que era um homem honesto, não soube resistir às tentações a que este anel o submetia: aproveitou os seus poderes mágicos para entrar no Palácio, seduzir a rainha, assassinar o rei, tomar o poder e exercê-lo em seu exclusivo benefício. Quem conta a história n' A República [uma das obras de Platão] conclui que o bom e o mau, ou supostos como tais, não se distinguem senão pela prudência ou pela hipocrisia ou, dito de outra maneira, pela importância desigual que atribuem ao olhar dos outros ou pela sua maior ou menor habilidade em se esconder... Possuíssem um e outro o anel de Giges e nada os distinguiria: «tenderiam ambos para o mesmo fim». Isto é sugerir que a moral não é senão uma ilusão, um engano, um medo disfarçado de virtude. Bastaria podermos tornar-nos invisíveis para que qualquer interdição desaparecesse, e não houvesse senão a procura, por parte de cada um, do seu prazer ou do seu interesse egoístas.
Será isto verdade? Claro que Platão está convencido do contrário. Mas ninguém é obrigado a ser platónico... Para ti, a única resposta válida está em ti mesmo. Imagina, como experiência de pensamento, que tinhas esse anel. Que farias? Que não farias? Continuarias, por exemplo, a respeitar a propriedade dos outros, a sua intimidade, os seus segredos, a sua liberdade, a sua dignidade, a sua vida? Ninguém pode responder por ti: esta questão só a ti diz respeito, mas diz respeito a tudo o que tu és. Tudo aquilo que não fazes, mas que te permitirias se fosses invisível, releva menos da moral que da prudência ou da hipocrisia. Em contrapartida, aquilo que, mesmo invisível, continuarias a obrigar-te ou a proibir-te, não por interesse mas por dever, só isso é estritamente moral. A tua alma tem a sua pedra de toque. A tua moral tem a sua pedra de toque, pela qual te julgas a ti mesmo. A tua moral? Aquilo que exiges de ti, não em função do olhar dos outros ou desta ou daquela ameaça exterior, mas em nome de uma certa concepção do bem e do mal, do dever e do interdito, do admissível e do inadmissível, enfim, da humanidade e de ti. Concretamente: o conjunto das regras às quais te submeterias mesmo que fosses invisível e invencível.
O que é a moral? É o conjunto das coisas a que um indivíduo se obriga ou que proíbe a si mesmo, não para aumentar a sua felicidade ou o seu bem-estar, o que não passaria de egoísmo, mas para levar em conta os interesses ou os direitos do outro, para não ser um malvado, para permanecer fiel a uma certa ideia da humanidade e de si. A moral responde à questão “Que devo fazer?” — é o conjunto dos meus deveres, ou seja, dos imperativos que reconheço como legítimos —- mesmo que, como qualquer pessoa, ocasionalmente os viole. É a lei que imponho a mim mesmo, ou que deveria impor-me, independentemente do olhar do outro e de qualquer sanção ou recompensa esperadas.
(…) Se toda a gente mentisse, ninguém acreditava em ninguém: nem se poderia sequer mentir (pois a mentira supõe a própria confiança que viola) e qualquer comunicação se tornaria absurda ou vã.
Se toda a gente roubasse, a vida em sociedade tornar-se-ia impossível ou miserável: deixaria de haver propriedade, não haveria bem-estar para ninguém nem haveria nada para roubar...
Se toda a gente matasse, seria a humanidade ou a civilização que correriam para a sua perda: haveria apenas violência e medo, e seríamos todos vítimas dos assassinos que seríamos todos...
28 janeiro 2010
Filósofo Pedro Galvão defende direito dos animais à vida e à integridade física e psicológica
O filósofo Pedro Galvão, da Universidade de Lisboa, esteve ontem, dia 27 de Janeiro, no Externato Infante D. Henrique numa conferência intitulada “Os Animais têm Direitos?”.
Nesta iniciativa a que assistiram cerca de 110 alunos do 10º e 11º ano, bem como professores, Pedro Galvão apresentou alguns dos mais marcantes argumentos e contra-argumentos sobre os Direitos dos Animais, distinguindo as teses dos utilitaristas, filósofos que costumam negar a existência de direitos e dos deontologistas, aqueles que acreditam em direitos morais negativos (os direitos morais colocam-nos apenas a obrigação moral de não intervir na vida dos outros seres). Depois de distinguir entre direitos jurídicos e direitos morais dos animais, Pedro Galvão fez também uma retrospectiva histórica dos direitos dos animais, afirmando que, por exemplo, segundo o filósofo Descartes (Sec. XVII), os animais não têm direitos porque são destituídos de consciência ou vida mental. Mas Pedro Galvão apresentou ainda as perspectivas de Carl Cohen, Jan Narveson (Contratualismo), entre outros. Os contratualistas vêem a ética como uma espécie de contrato (implícito ou hipotético) entre seres humanos racionais, em que cada um de nós concorda em abster-se de fazer certas coisas aos outros (roubar, matar, torturar, etc.) na condição de os outros também procederem assim. O problema da perspectiva contratualista, segundo Pedro Galvão, é deixar de fora do contrato ético não só os animais, mas também muitos seres humanos, tais como bebés, deficientes mentais profundos, doentes mentalmente muito debilitados e seres humanos das gerações futuras. O argumento do especismo, ou seja, que os animais não podem ter direitos porque não pertencem à espécie humana, também foi refutado por Pedro Galvão: segundo este filósofo o especismo é um erro ético análogo ao racismo pois os especistas supõem erradamente que a espécie de um indivíduo é importante em si.
Este filósofo, que desenvolve um projecto de pós-doutoramento sobre identidade pessoal e o mal de matar na Universidade de Lisboa, defendeu, por isso, que não há bons argumentos para restringir os direitos morais aos seres humanos. Assim, na sua perspectiva, os animais devem ter alguns direitos, nomeadamente o direito à integridade física e psicológica, devendo, por isso os humanos evitar o seu sofrimento. Pedro Galvão defendeu também que é plausível que pelo menos os animais conscientes de si tenham o direito à vida (dando exemplo dos Símios). Pedro Galvão é também da opinião que devemos mudar radicalmente o modo como hoje tratamos os animais. Não podemos sacrificar os interesses mais importantes dos animais para satisfazer interesses triviais. Mas é isso que acontece sistematicamente, nomeadamente na criação intensiva de animais para a nossa alimentação, no uso de animais em experiências científicas, na indústria de cosméticos ou entretenimento, como acontece no circo ou nas touradas.
Esta actividade foi organizada pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas (Grupo de Filosofia) do Externato Infante D. Henrique.
26 janeiro 2010
Temos que falar...
Comparece amanhã, às 14.25 horas,
no Centro de Recursos Educativos
do Externato Infante D. Henrique
*documento enviado gentilmente pelo prof. Manuel Augusto
21 janeiro 2010
Conferência a 27 de Janeiro. Não Faltes!
"(...) De modo que matar um chimpanzé, por exemplo, é pior que matar um ser humano que, devido a uma deficiência mental congénita, não é nem pode vir a ser uma pessoa"
DIREITOS DOS ANIMAIS 2
"É bem possível que estes mamíferos (baleias e os golfinhos) com cérebros grandes se revelem seres racionais e autoconscientes"
DIREITOS DOS ANIMAIS 3
De acordo com números oficiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos , cerca de 140.000 cães e 42.000 gatos morrem nos laboratórios dos EUA todos os anos e um número menor mas considerável é usado em todos os países «desenvolvidos».
DIREITOS DOS ANIMAIS4
"A relação entre mãe e cria nos mamíferos pode constituir uma fonte de sofrimentos intenso se alguma delas morrer ou for levada"
DIREITOS DOS ANIMAIS 5
16 janeiro 2010
11 janeiro 2010
Relativismo Cultural e Tolerância
Hoje a ideia de que a moralidade é um produto social é atraente por uma razão adicional. O multiculturalismo é agora uma questão importante, especialmente nos Estados Unidos. Dada a posição dominante dos Estados Unidos no mundo, diz-se, e dada a forma como as acções americanas afectam os outros povos, os americanos estão especialmente obrigados a respeitar e a apreciar as diferenças entre culturas. Em particular, diz-se, temos de evitar a suposição arrogante de que os nossos costumes são «certos» e de que os costumes dos outros povos são inferiores. Isto significa, em parte, que devemos abster-nos de fazer juízos morais sobre as outras culturas. Devemos adoptar uma política de vive e deixa viver.
Superficialmente, esta atitude parece esclarecida. De facto, a tolerância é uma virtude importante e é óbvio que muitas práticas culturais não passam de costumes sociais - por exemplo, padrões de vestuário, de alimentação, de organização doméstica.
No entanto as questões fundamentais de justiça são diferentes. Quando pensamos em exemplos como a escravatura, o racismo e os maus tratos infligidos às mulheres, encolher os ombros e dizer «Eles têm os seus costumes e nós temos os nossos» já não parece tão esclarecido. (...) Temos a ideia, já mencionada, de que devemos respeitar as diferenças entre culturas.Respeitar uma cultura não implica que tenhamos de considerar aceitável tudo o que nela existe. Podemos pensar que uma cultura tem uma história maravilhosa e que produziu grandes obras de arte e ideias belas. Podemos pensar que as suas figuras cimeiras são nobres e admiráveis. Podemos pensar que a nossa própria cultura tem muito a aprender com ela. Ainda assim, isto não significa que tenhamos de considerá-la perfeita. Pode incluir elementos terríveis.
Problemas da Filosofia, James Rachels
Emotivismo (e subjectivismo) moral
A diferença entre o emotivismo e o subjectivismo simples deve agora ser óbvia. O subjectivismo simples interpretava as afirmações éticas como afirmações de facto de um tipo especial - nomeadamente como relatos da atitude do interlocutor. Segundo o subjectivismo simples, quando Falwell afirma «A homossexualidade é imoral», isto significa o mesmo que «Eu (Falwell) desaprovo a homossexualidade» - uma afirmação de facto sobre a atitude de Falwell. O emotivismo, por seu lado, nega que esta elocução declare qualquer facto, mesmo um facto sobre o próprio interlocutor. Em vez disso, o emotivismo interpreta a elocução de Falwell como equivalente a algo como «A homossexualidade - que horror!» ou «Não se envolva em actos homossexuais!», ou ainda «Quem me dera não existisse homossexualidade». (...)
Programação das AULAS DE FILOSOFIA - RTP Madeira com o Prof. Rolando Almeida
Podes aceder às aulas de Filosofia da RTP Madeira, lecionadas pelo Prof. Rolando Almeida (na foto), acedendo aos links abaixo. TELENSINO (R...
-
Uma linha de resposta bastante diferente para o problema da indução deve-se a Karl Popper (na foto). Popper olha para a prática da ciência p...
-
1 – Como funciona a nossa perceção do mundo? 2 – Tudo o que vemos existe realmente no mundo? A realidade que conhecemos sobre o mun...
-
1. O princípio da maior felicidade O utilitarismo é um tipo de ética consequencialista. O seu princípio básico, conhecido como o Princípio ...