26 outubro 2009

Argumento cogente

A discussão crítica, a avaliação de argumentos e das teorias propostas pelos filósofos ou analisadas pelos filósofos são elementos fundamentais da actividade filosófica. Neste contexto importa distinguir muito bem bons e maus argumentos. Em filosofia argumentos bons chamam-se cogentes. Mas o que é um argumento cogente?
Há algumas condições necessárias para um argumento ser cogente. Em primeiro lugar tem de tratar-se de um argumento válido, em segundo lugar tem de ser um argumento sólido (válido com premissas verdadeiras). Por último, além das condições anteriores, as premissas devem ser mais plausíveis (aceitáveis, evidentes) do que a conclusão. E devem ser mais plausíveis, aceitáveis e evidentes, aos olhos de quem argumenta ou contra-argumenta connosco. Assim, um argumento cogente é persuasivo, convincente, porque o nosso interlocutor/auditório, no uso das capacidades racionais assim o reconhece, considerando aquilo que se sabe e o estado cognitivo dos interlocutores.

Exemplo de argumento cogente:
Os bebés não têm deveres.
Se só tivesse direitos quem tem deveres, os bebés não teriam direitos.
Mas os bebés têm direitos.
Logo, é falso que só tem direitos quem tem deveres.

Exemplo de argumento incogente:
Se a vida é sagrada, o aborto é imoral.
A vida é sagrada.
Logo, o aborto é imoral.

SC

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