Afirma José Gil, num artigo publicado na revista Visão, em Outubro de 2006, que sem a Filosofia, a vida seria um erro (extrapolando de uma frase de Nietzsche – “sem a música, a vida seria um erro”). Eu concordo com a afirmação de José Gil. Como sabemos, a filosofia é um saber radical que não se contenta com as respostas dadas pelo senso comum ou pela ciência, ou seja, não se contenta com as causas próximas do problema. Este saber vai à raiz dos problemas tentando pô-los a claro. Se a filosofia não existisse apenas saberíamos as causas próximas dos problemas, ou seja, não saberíamos o que está para lá das primeiras impressões. Viveríamos às escuras, num lugar onde apenas existiriam verdades feitas e inquestionáveis. Não nos preocupávamos, ou melhor, preocupávamo-nos com questões do género “Quem sou eu?”, “O que faço aqui?”. Mas estas acabavam por perder o sentido numa sociedade dominada por saberes inquestionáveis. Seríamos um género de “máquinas” que apenas respondem a instruções conhecidas e que “avariam” quando acontece algo novo e sem resposta, algo transcendente.
Por isso, e tal como nos diz José Gil “(…) a vida seria um erro “ pois nasceríamos, aprenderíamos o que os outros nos diriam, sem pôr em causa essas opiniões e morreríamos sem descobrir o que realmente fizemos ou deveríamos ter feito na Terra. Por isso, para quê viver se não podemos questionar o que nos rodeia, o que somos, sem as questões filosóficas que todos colocámos na nossa vida, enfim, sem a filosofia? Para nada, absolutamente nada.
Sílvia Vieira
10ºA
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