26 novembro 2009

A experiência da liberdade!

A evolução deu-nos uma forma de experiência da acção voluntária onde a experiência da liberdade, isto é, a experiência do sentido de possibilidades alternativas, está inserida na genuína estrutura do comportamento humano consciente, voluntário e intencional. Por essa razão, creio, nem esta discussão nem qualquer outra alguma vez nos convencerá de que o nosso comportamento não é livre.

John Searle, Mente Cérebro e Ciência

2 comentários:

Daniela Cerqueira 10ºC disse...

Concordo com esta citação.
Ora, como é possível dizer que não temos livre-arbítrio se quando agimos sentimos que somos livres?
Será que não somos mesmo livres? Será a liberdade uma ilusão?
Será que o determinismo está presente nas nossas acções e tudo o que fazemos está determinado por acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza?
Eu não consigo acreditar que quando realizo uma acção não sou livre. Até posso acreditar que outros não sejam, que foram obrigados a agir de certa forma. Mas eu não! Eu sinto que sou livre nas escolhas que faço. Não consigo acreditar que tudo está determinado, incluindo as acções humanas. Acredito perfeitamente que a natureza física está determinada, mas a acção humana não! Então não poderíamos ser responsabilizados pelas nossas acções?!
Se assim fosse, eu poderia andar por aí a "dar estalos a torto e a direito", que a culpa não seria minha! Então os criminosos não seriam culpados pelos seus actos!
Para mim é-me impossível acreditar que não temos livre-arbítrio. Dizer que não temos liberdade é contrariar a nossa vivência, é contrariar aquilo que sinto ao realizar uma acção.
Assim, desde que não sejamos obrigados por qualquer razão, quer seja por doença, quer seja por coações ou obrigações exteriores, ou até mesmo por outros constrangimentos, quando realizamos uma acção, somos livres. Isto na minha opinião. E não é nenhuma discussão que irá conseguir mudar a nossa experiência e aquilo que sentimos quando realizamos uma acção!

Adriana Ferreira disse...

Eu concordo com o que está escrito neste pequeno texto, porque nós, no nosso dia-a-dia sentimos que somos livres. Não faz sentido dizer que não somos livres se sentimos exactamente o contrário. Desta forma, na minha opinião o determinismo radical é absurdo porque nos diz que não temos liberdade e que tudo está determinado pelos acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza. A liberdade sente-se e vive-se no nosso quotidiano (apesar de nem sempre termos liberdade total).

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